Situação do curso de História.
O
curso de História da UFAL faz 61 anos em 2013. Estamos em um curso com
mais de meio século de existência! Mas o que isso significa? Que o curso
encontra-se em pleno auge? Ou amarga o sucateamento da educação
pública? A resposta mais convincente para ambas as perguntas é sim... E
também não. Não nos encontramos nem no extremo da precariedade nem no
extremo do melhor curso de História do Brasil.
Não há motivos
para sermos derrotistas, se fossemos, negaríamos todas as melhorias do
curso (que muitas vezes foram conquistas pelos alunos), mas não
significa que estamos conformados com o atual estado do curso. E que
estado é esse que nos encontramos?
Em primeiro momento temos
grupos de pesquisa, monitorias, bolsas PIBIC e PIBID em funcionamento,
uma especialização e um mestrado, do ponto de vista
acadêmico aparentemente o curso está a todo vapor, pena que esse
aspecto compõe uma parte de um todo que representa um curso de graduação
em História. O corpo docente detém uma formação considerável, boa parte
inserida em especializações (quando já não são doutores). Não significa
que está ruim, pelo contrário, porém há um espaço para melhorias.
Agora, o outro lado da moeda.
Logo no primeiro contato com o curso, vestibular, os alunos se deparam
com uma dicotomia, uma partição em dois, do bacharelado e licenciado.
Enquanto um está encarregado de produzir conhecimento, pesquisador
(bacharel) o outro está encarregado de reproduzir esse conhecimento em
sala de aula, licenciado. Essa é a divisão deturpada do conhecimento que
nos é imposta.
Mesmo sendo imposta essa condição dos cursos,
assistimos às aulas, mas e as salas? Os bacharéis não partilham de uma
“insuficiência” dos licenciados, a falta de salas! Tem-se que “vagar” de
bloco em bloco esperando a complacência dos outros cursos em ceder
salas. Só na integração dos cursos que podemos superar essa carência,
que só não atinge os bacharéis em virtude da quantidade de alunos que
entram no vestibular.
O curso de História Licenciatura está sob
intervenção do MEC (suspensão temporária da autonomia do curso) devido
às insuficiências do curso puxado pelo processo do ENADE (Exame Nacional
de Desempenho dos Estudantes). Temos uma defasagem muito grande no que
diz respeito a estruturas físicas, e os gestores da universidade parecem
não mover uma “palha” para melhorar as condições de ensino dos
estudantes de Licenciatura em História. Temos que fazer ecoar por toda a
universidade os nossos problemas, só assim, na luta cotidiana, é que os
nossos problemas serão sanados.
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