sábado, 9 de fevereiro de 2013

Situação do curso de História.

O curso de História da UFAL faz 61 anos em 2013. Estamos em um curso com mais de meio século de existência! Mas o que isso significa? Que o curso encontra-se em pleno auge? Ou amarga o sucateamento da educação pública? A resposta mais convincente para ambas as perguntas é sim... E também não. Não nos encontramos nem no extremo da precariedade nem no extremo do melhor curso de História do Brasil.

Não há motivos para sermos derrotistas, se fossemos, negaríamos todas as melhorias do curso (que muitas vezes foram conquistas pelos alunos), mas não significa que estamos conformados com o atual estado do curso. E que estado é esse que nos encontramos?

Em primeiro momento temos grupos de pesquisa, monitorias, bolsas PIBIC e PIBID em funcionamento, uma especialização e um mestrado, do ponto de vista acadêmico aparentemente o curso está a todo vapor, pena que esse aspecto compõe uma parte de um todo que representa um curso de graduação em História. O corpo docente detém uma formação considerável, boa parte inserida em especializações (quando já não são doutores). Não significa que está ruim, pelo contrário, porém há um espaço para melhorias.

Agora, o outro lado da moeda.

Logo no primeiro contato com o curso, vestibular, os alunos se deparam com uma dicotomia, uma partição em dois, do bacharelado e licenciado. Enquanto um está encarregado de produzir conhecimento, pesquisador (bacharel) o outro está encarregado de reproduzir esse conhecimento em sala de aula, licenciado. Essa é a divisão deturpada do conhecimento que nos é imposta.

Mesmo sendo imposta essa condição dos cursos, assistimos às aulas, mas e as salas? Os bacharéis não partilham de uma “insuficiência” dos licenciados, a falta de salas! Tem-se que “vagar” de bloco em bloco esperando a complacência dos outros cursos em ceder salas. Só na integração dos cursos que podemos superar essa carência, que só não atinge os bacharéis em virtude da quantidade de alunos que entram no vestibular.

O curso de História Licenciatura está sob intervenção do MEC (suspensão temporária da autonomia do curso) devido às insuficiências do curso puxado pelo processo do ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). Temos uma defasagem muito grande no que diz respeito a estruturas físicas, e os gestores da universidade parecem não mover uma “palha” para melhorar as condições de ensino dos estudantes de Licenciatura em História. Temos que fazer ecoar por toda a universidade os nossos problemas, só assim, na luta cotidiana, é que os nossos problemas serão sanados.
 
   Gestão Um Cahis para todos.

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