domingo, 22 de janeiro de 2012

NOTA DE REPÚDIO AOS FATOS OCORRIDOS NO PINHEIRINHO

 

     
   
Nós, do centro acadêmico de História da UFAL, gestão “Amar e mudar as coisas me interessa mais” repudiamos veementemente o fato ocorrido nessa manhã de domingo, 22 de janeiro de 2012, quando os moradores do Pinheirinho foram surpreendidos com uma ação gigantesca, e, truculenta da PM de SP. Com mais de dois mil policias, helicópteros, carros e um forte armamento, eles começaram a reintegração de posse da área, desrespeitado a ação judicial federal. Os moradores foram brutalmente atacados, muita gente foi ferida, dezenas de moradores foram presos e informações ainda não oficiais afirmam que houve mortes no confronto.
      Se analisarmos a constituição brasileira de 1988 em relação a terras improdutivas, fica claro que os moradores do pinheirinho têm um direito legal e respaldado juridicamente, em continuar morando em suas respectivas casas. Porém, não é isso que os porta-vozes dos Estado pensam. E é por isso que o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, o prefeito de São José dos campos Eduardo Cury (ambos do PSDB), a juíza Márcia Loureiro e a policia militar de SP são responsáveis por uma ação irresponsável e repressora, que feriu a população, matando pessoas e servindo ao “dono do terreno” Naji Nahas, que chegou a afirmar que “o terreno está valorizado e não é lugar para pobre morar”.

     Essa ação mostra mais uma vez o caráter do governo do PSDB, da polícia e do sistema capitalista, que é governar para os ricos e reprimir os pobres quando esses são empecilhos na obtenção e manutenção dos seus lucros. Nós, do centro acadêmico de História, gestão “Amar e mudar as coisas me interessa mais”, torcemos e estamos solidarizados aos companheiros do Pinheirinho, para que a população resista e se mantenha de pé contra esses ataques irresponsáveis da burguesia e das forças repressivas do Estado democrático de direito em que vivemos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

PINHEIRINHO RESISTE, MAS A LUTA CONTINUA...


“A história de todas as sociedades até agora tem sido a história da luta de classes”
Karl Marx, manifesto do partido comunista.



    O CAHIS-UFAL gestão “Amar e mudar as coisas me interessa mais” repudia a ação conjunta do prefeito Eduardo Cury (PSDB), da juíza Márcia Loureiro e da policia militar, que a todo custo tentam a reintegração de posse da comunidade do Pinheirinho. Se for concretizada a desocupação, milhares de trabalhadores se encontrarão sem moradia, o que constitucionalmente é direito de todos brasileiros.

    O Pinheirinho está construindo sua História desde, 27 de fevereiro de 2004, quando os moradores chegaram e ocuparam a área localizada em São José dos Campos (SP). Com cerca de 1.500 famílias e aproximadamente 7.000 moradores, dentre muitos trabalhadores e trabalhadoras, gente humilde e honesta que não possuem outro lugar para morar, se veem desde fim do ano passado ameaçados de perder o pouco que tem, e ainda por cima correndo riscos perante os ataques que a PM de São Paulo possa cometer na desocupação.

    É importante ter a clareza que esses fatos ocorrem porque a prefeitura de São Paulo, ainda não regularizou a comunidade, com interesses na área ocupada pelos moradores. No período da ocupação o terreno da falida empresa Selecta, do grupo Naji Nahas era desvalorizado e abandonado, hoje o local é um dos mais cobiçados pelo ramo imobiliário, localizada na zona sul, com o crescimento de 20% nas construções comparando com o ano de 2010, sendo responsável pelo lançamento de 51 dos 143 imóveis da cidade.

    A criminalização da comunidade se dá com ações da PM e das ferramentas do Estado, como uma revista na comunidade à procura de drogas, armas e traficantes e também a alegação dos moradores terem queimado um ônibus em forma de protesto. É lógica, que esse tipo de ação só reflete a quem serve a PM e também a impressa que notifica esses casos, mas não mostra a realidade da comunidade e tudo que foi construído lá, transformando o que antes era um terreno abandonado em um local para moradia de milhares de pessoas desabrigadas, que coletivamente construíram uma comunidade, o Pinheirinho.

    Na manhã de hoje, 17 de janeiro de 2012, os companheiros da comunidade puderam respirar um pouco mais aliviados, a reintegração foi suspensa momentaneamente e pelo menos nos próximos dias a tensão que pairava no ar no Pinheiro pode se acalmar um pouco. Porém não devemos nos iludir nem ter confiança nenhuma nessa ação, enquanto houver a possibilidade e interesse de geração de lucros com o terreno, o prefeito Eduardo Cury, juntamente com todos seus aliados não deixaram sossegados os moradores do Pinheiro e devemos estar preparados para futuros embates.

    É com muita felicidade que hoje o CAHIS-UFAL gestão “Amar e mudar as coisas me interessa mais” faz coro com os companheiros e também grita com vocês: “O Pinheirinho é nosso! O Pinheirinho é nosso!”