“A
história de todas as sociedades até agora tem sido a história da luta de
classes”
Karl
Marx, manifesto do partido comunista.
O CAHIS-UFAL gestão “Amar e mudar as coisas me interessa mais” repudia a ação conjunta do prefeito Eduardo Cury (PSDB), da juíza Márcia Loureiro e da policia militar, que a todo custo tentam a reintegração de posse da comunidade do Pinheirinho. Se for concretizada a desocupação, milhares de trabalhadores se encontrarão sem moradia, o que constitucionalmente é direito de todos brasileiros.
O Pinheirinho está construindo sua História desde, 27 de fevereiro de 2004, quando os moradores chegaram e ocuparam a área localizada em São José dos Campos (SP). Com cerca de 1.500 famílias e aproximadamente 7.000 moradores, dentre muitos trabalhadores e trabalhadoras, gente humilde e honesta que não possuem outro lugar para morar, se veem desde fim do ano passado ameaçados de perder o pouco que tem, e ainda por cima correndo riscos perante os ataques que a PM de São Paulo possa cometer na desocupação.
É importante ter a clareza que esses fatos ocorrem porque a prefeitura de São Paulo, ainda não regularizou a comunidade, com interesses na área ocupada pelos moradores. No período da ocupação o terreno da falida empresa Selecta, do grupo Naji Nahas era desvalorizado e abandonado, hoje o local é um dos mais cobiçados pelo ramo imobiliário, localizada na zona sul, com o crescimento de 20% nas construções comparando com o ano de 2010, sendo responsável pelo lançamento de 51 dos 143 imóveis da cidade.
A criminalização da comunidade se dá com ações da PM e das ferramentas do Estado, como uma revista na comunidade à procura de drogas, armas e traficantes e também a alegação dos moradores terem queimado um ônibus em forma de protesto. É lógica, que esse tipo de ação só reflete a quem serve a PM e também a impressa que notifica esses casos, mas não mostra a realidade da comunidade e tudo que foi construído lá, transformando o que antes era um terreno abandonado em um local para moradia de milhares de pessoas desabrigadas, que coletivamente construíram uma comunidade, o Pinheirinho.
Na manhã de hoje, 17 de janeiro de 2012, os companheiros da comunidade puderam respirar um pouco mais aliviados, a reintegração foi suspensa momentaneamente e pelo menos nos próximos dias a tensão que pairava no ar no Pinheiro pode se acalmar um pouco. Porém não devemos nos iludir nem ter confiança nenhuma nessa ação, enquanto houver a possibilidade e interesse de geração de lucros com o terreno, o prefeito Eduardo Cury, juntamente com todos seus aliados não deixaram sossegados os moradores do Pinheiro e devemos estar preparados para futuros embates.
É com muita felicidade que hoje o CAHIS-UFAL gestão “Amar e mudar as coisas me interessa mais” faz coro com os companheiros e também grita com vocês: “O Pinheirinho é nosso! O Pinheirinho é nosso!”
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