EM TEMPOS DE DEMOCRACIA, O QUE TEMOS DE
PRATO PRINCIPAL É A REPRESSÃO
Diante à atual
situação da educação que o país se encontra, cerca de 50 universidades estão em
greve neste momento, reivindicando reajustes salariais dos docentes e melhorias
nas universidades como um todo, para que todas tenham o suporte mínimo para funcionamento.
Dentre elas, a situação na UNIFESP-Guarulhos tomou um rumo maior, chegando ao embate
com a reitoria. As mobilizações no campus vêm acontecendo desde antes do início
oficial da greve, com a ocupação da universidade pelos estudantes.
Ontem (14) pela
noite, a polícia de São Paulo cercou a universidade e agrediu estudantes que
participavam do movimento de ocupação. Alguns companheiros (inclusive de Alagoas,
que estão na UNIFESP) receberam ataques físicos, como balas de borracha, gás
lacrimogênio, etc; outros foram torturados dentro da própria universidade e posteriormente,
presos como se tivessem cometidos um crime. Os machucados foram hospitalizados
e os demais ainda continuam detidos na Delegacia Federal da Lapa, onde foram enquadrados
por depredação ao patrimônio e formação de quadrilha.
Lutar por uma
educação pública, gratuita e de qualidade, agora é formação de quadrilha? Ou
será que estamos voltando aos tempos de ditadura? Criminalizar e reprimir o
movimento estudantil é só mais uma arma do governo para mascarar seus ataques na
educação e desviar o foco real das pautas tocadas pelos estudantes, que há
muito vem sendo exigida, mas o governo do PT, que sempre se disse de luta, tem sempre
fechado os espaços.
Em tempos de democracia, o prato principal para
nossas lutas é a repressão. É com esse tipo de atitude, que o governo tenta
nos retirar de nossas lutas diárias, que reprime estudantes e professores e que
declara guerra às nossas pautas. O Centro Acadêmico de História da UFAL (campus
A. C. Simões) repudia todas essas ações e compartilha da luta com todos os companheiros
que neste momento estão em greve, ocupações e mobilizações em todo país por uma
educação pública, gratuita e de qualidade.
CENTRO ACADÊMICO DE
HISTÓRIA DA UFAL
(campus A. C. Simões)
Gestão “Amar e mudar as coisas me
interessa mais”
Maceió, 15 de junho de 2012
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