domingo, 9 de dezembro de 2012

Carta à comunidade acadêmica


Essa carta tem como objetivo transmitir aos alunos e professores do curso de História ocorrências que vem interferindo na formação dos graduandos do curso.

É sabido por todos, que a História oficial é sempre contada, tanto nos veículos da mídia burguesa como até mesmo na academia, sob a perspectiva dos vencedores. Não há espaço para os vencidos, para eles ficam apenas o isolamento e o esquecimento.

Buscando dentro da academia, encontramos correntes historiográficas que afirmam que no Brasil colonial existia uma relação harmoniosa entre os senhores de terras e os escravos, negando, completamente, a resistência que os negros instauraram dentro desse regime – os quilombos. Ainda nesse sentido, em um
acontecimento mais recente, a mídia brasileira encobriu o genocídio que vem sendo tocado pelo governo da tribo indígena Guarani-Kaiowá.

A reprodução dessa história vista de cima na academia, ainda que nos dias atuais, acontece tanto descaradamente como de forma velada. A conduta de certos acadêmicos dentro da sala de aula reafirma, na modalidade do racismo, a visão turva que eles têm sobre esses grupos historicamente marginalizados.

Um exemplo gritante é a formulação, débil, de que o Brasil é um país que não dispõe de uma economia mais robusta por causa dos índios que eram “preguiçosos”.

Sabemos que todos nós somos seres únicos, e por isso, qualquer comparação que busque compreender o ser humano com base noutro, nos leva a perder o que nos torna únicos. Atribuir uma característica como “preguiçoso” ao índio, em comparação ao europeu (do século XVI), menospreza a realidade do índio, na qual, ele trabalhava, mas não nos moldes da Europa do século XVI.

Visto que, esse desserviço a comunidade acadêmica vem acorrendo dentro do curso de graduação em História, o centro acadêmico tem como dever mostrar essas práticas deveras condenáveis.

Nós do centro academico de história convidamos cada estudante a se posicionar contra o racismo e contra toda forma de opressão que é disseminada dentro de discursos supostamente acadêmicos. Nós estudantes não iremos silenciar ao discurso racista de muitos professores. É preciso combater o racismo em todas as
suas formas!

A história não quer professor racista!
Por uma história dos índios, negros e explorados, não dos colonizadores e
senhores de engenho.


CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA DA UFAL (Campus A.C. Simões)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Informativo do Comando de Mobilização Estudantil da UFAL


O texto a seguir, foi um informativo que saiu no blog do Comando de Mobilização dos Estudantes da UFAL, no decorrer do processo de greves e mobilizações de estudantes, docentes e técnicos administrativos. O Centro Acadêmico de História, vem construindo esse comando desde seu início, até o exato momento, logo, ficou decidido que seria compartilhado com os estudantes de História (não apenas da UFAL, mas das demais universidades do país) o posicionamento do mesmo sobre a conjuntura do governo PT e analise sobre greve nacional e local.

(Centro Acadêmico de História da UFAL)


O Comando de Mobilização Estudantil da UFAL vem, por meio deste, apontar uma breve avaliação do que têm significado as mobilizações de diversos setores da sociedade brasileira em oposição ao modelo de desenvolvimento neoliberal do Governo Dilma, que privilegia banqueiros, empreiteiros, grandes empresários e demais setores da burguesia nacional e internacional em detrimento ao interesse dos/as trabalhadores/as, estudantes e da maioria da população.

Reafirmamos a necessidade das lutas estudantis em direta unidade ao movimento de técnicos e professores, tanto a nível local, quanto organizada no Comando Nacional de Greve Estudantil. O CNGE é instrumento de mobilização que se configura num verdadeiro polo de resistência contra as políticas privatistas do governo federal e representa o fortalecimento do movimento estudantil combativo, defensor de uma universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.

A greve é forte! A luta é agora!

Por que estamos em greve?

As políticas neoliberais estão intrinsecamente ligadas a construção de diretrizes econômicas e políticas a nível internacional que repercutem de modo diferenciado em cada país e de modo mais severo nos países periféricos. Ataques ao setor público por meio de privatizações e políticas que culminam no sucateamento dos espaços e bens públicos, redução de direitos trabalhistas (reforçando a exploração capitalista) têm sido formas utilizadas pelo sistema capitalista que objetivam responder à necessidade de expansão e manutenção do sistema exploratório diante da realidade da crise estrutural do capital.

Neste panorama, a educação, ainda que erigida a uma das prioridades do Estado - possuindo destaque na Constituição Federal - deve passar a ser tratada enquanto um serviço, comercializado, funcionando como fonte de lucro. Assim, o Governo passa a intervir para garantir a mercantilização daquela, tal qual faz com a saúde, transportes, comunicações, entre outros setores.

As políticas e reformas do Governo Federal em relação à Universidade Pública, seguindo os parâmetros definidos nas determinações do Banco Mundial e do FMI para a educação, objetivam a mudança da sua função social, buscando adequá-la à necessidade da manutenção do sistema capitalista e ao papel periférico do capitalismo brasileiro. A Universidade Pública deve se transformar num mecanismo funcional e organizacional “de suporte a empresas, em detrimento de sua função pública de produção e socialização de conhecimento voltado para os problemas lógicos e epistemológicos do conhecimento e para os problemas atuais e futuros dos povos” [1].

O corte de verbas destinadas à Universidade e o seu remodelamento com a busca de investimento do setor privado, retiram da comunidade acadêmica sua autonomia na produção do conhecimento e capacidade de buscar resoluções para os problemas sociais, colocando-a sob a égide do interesse do mercado financeiro e dos grandes capitalistas. Ressaltando que inexiste uma ruptura entre as políticas educacionais do governo Lula/Dilma e os governos tipicamente burgueses que o antecederam, ao contrário, programas como o Reuni e Prouni agravaram a situação do ensino superior público.

Neste contexto, a desvalorização dos técnicos e professores cumpre uma função primordial, posto que “a ideia-força é de que os docentes crescentemente pauperizados devem ser induzidos a prestar serviços, seja ao próprio governo, operando suas políticas de alívio à pobreza, alternativa presente nas ciências sociais e humanas ou, no caso das ciências ditas duras, a se enquadrarem no rol das atividades de pesquisa e desenvolvimento (ditas de inovação), funções que a literatura internacional comprova que não ocorrem (e não podem ser realizadas) nas universidades [2]. A rigor, em nome da inovação, as corporações querem que as universidades sejam prestadoras de serviços diversos que elas próprias não estão dispostas a desenvolver pois envolveriam a criação de departamentos de pesquisa e desenvolvimento e a contratação de pessoal qualificado”[3].

Como consequência, temos o momento atual de mobilização e greve de estudantes, docentes e técnicos das instituições federais de ensino, que encontram-se mobilizados desde maio do presente ano. A greve que se iniciou a partir da demanda por uma reestruturação da carreira docente, aponta o fracasso do projeto neoliberal para a educação, ao passo que representa uma vitória política, apontando a necessidade de radicalização e unidade nas lutas após completar três meses. Assim, não podemos nos furtar ao nos posicionar contra o aprofundamento da precarização da educação pública a que se pretende o Reuni 2, o novo PNE, o investimento de 10% do PIB para a educação (nem pública, nem gratuita, nem já!) para 2023 entre outros ataques à educação pública.

De que lado você samba?

Cabe esclarecer que as categorias em greve se mobilizam em torno de instrumentos diferenciados. A maioria das universidades em greve docente está representada Comando de Greve Docentes, sendo o ANDES-SN o sindicato que responde por esta categoria. Neste aspecto, o PROIFES (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior), sindicato que representa pequena parcela das universidades, criado como contraponto ao Andes e base de sustentação do governo, apresenta-se desde o início da greve dos docentes como entrave as lutas, firmando acordos com o governo que não satisfazem as demandas dos professores e desrespeitando até mesmo as decisões de suas bases.

Por sua vez, o instrumento que tem unificado as lutas dos/as estudantes mobilizados/as e em greve em âmbito nacional é o Comando Nacional de Greve Estudantil. O CNGE foi criado no dia 05 de junho de 2012 na cidade de Brasília, com o objetivo de facilitar a coordenação de ações em escala nacional e avançar nas negociações junto ao Estado. Ganhando legitimidade diante da reunião de estudantes grevistas das cinco regiões do país, somando mais de 50 delegados/as representantes eleitos/as em assembleias de base.

A organização do comando aprofunda o debate sobre burocratização da UNE, que aparelhada pela majoritária da UJS, ainda se reivindica enquanto representação de estudantes de todo o Brasil, contudo se afigura como entidade que além de não funcionar como instrumento para as lutas estudantis se coloca contrária a elas. Além de servir como base de sustentação do governo federal, expressa na sua prática cotidiana uma burocratização que funciona como entrave às mobilizações e às lutas por uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Uma entidade estudantil, seja ela um Grêmio, Centro, Diretório Acadêmico ou uma entidade nacional deve funcionar como instrumento para organizar coletivamente as demandas e lutas dos estudantes. Quando a disputa por sua direção e gestão se apresentam como finalidade predominante dos grupos que a compõem, a abertura para a prática de um sem-número de desmandos e atitudes criticáveis para a manutenção do poder é vista como natural e o aparelhamento por determinado grupo como inevitável.

É neste panorama que os/as militantes do movimento estudantil e seus grupos devem avaliar se a participação nos espaços burocratizados da entidade ainda funciona como alternativa para aqueles interessados em se organizar coletivamente para resistir aos ataques do governo/Estado à educação pública ou a disputa interna na UNE somente legitima a burocratização e o aparelhamento da entidade por sua majoritária que há anos não representa o interesse dos estudantes ou se posiciona como entidade classista.

Enquanto isso, na UFAL...

Na última semana, o site da Universidade Federal de Alagoas divulgou nota na qual afirmava estar a greve de professores próxima ao fim, com afirmações como “expectativa é de que as universidades e institutos federais retomem as atividades”[4]. É com esse tipo de atitude, que percebemos claramente o desrespeito tanto por parte da reitoria da UFAL (que por ordem já torna-se palanque para as políticas do governo federal), quanto do próprio governo, que se utiliza da mídia para tentar colocar a população contra as mobilizações dos servidores federais, ao passo que oferece aumentos que nem ao menos superam a inflação e falsas melhorias nas condições de prestação de serviços ou no plano de carreiras.

A greve atual tem como uma de suas principais causas o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais - Reuni. Implantado em 2007 na UFAL - com a ausência de diálogo com a comunidade acadêmica, evidenciando o caráter autoritário da administração da Universidade; durante a sua implatanção, estudantes passaram dias em ocupação na Reitoria da UFAL, objetivando a abertura de um canal de diálogo e debate sobre a implantação do programa e seus termos para a Universidade. Após as mobilizações estudantis, além da ausência de diálogo para a aplicação do programa, alguns estudantes foram processados judicialmente, tendo que pagar serviços ao Estado como forma de punição.

Devido à precarização causada e/ou agravada pelo Reuni, diversas mobilizações acontecem na UFAL desde 2007. No começo de 2011, estudantes de Medicina Veterinária de Viçosa vieram a Maceió protestar por melhores condições de ensino, entre as pautas: hospital veterinário, água potável, laboratórios, entre outras problemáticas que precisavam de resolução imediata.

Em Arapiraca, a situação do presídio que está localizado no mesmo terreno da Universidade alcançou uma situação insustentável. As fugas frequentes e rebeliões, além da ausência de diálogo prévio entre a reitoria, o poder público estadual e a comunidade acadêmica compeliram esta a paralisar as suas atividades mesmo antes da greve docente da UFAL.

Em Maceió, os problemas repercutem de forma diferenciada no cotidiano de cada curso, falta de salas de aula, professores, laboratórios, bolsas pesquisas em valor e quantidade suficientes, assistência estudantil, além do assédio moral e da exploração do serviço prestado pelos bolsistas.

Em 2011, por estar “sofrendo na pele” essa precarização, reunidos/as numa assembléia com mais de 600 participantes (durante a greve dos técnicos e professores), decidiram levar uma pauta de reinvidicações ao gabinete da reitora e só saírem de lá após uma audiência pública, passando 5 dias numa ocupação da reitoria. Como resultado, 7 estudantes estão sendo processados/as numa ação de reintegração de posse que persiste meses após a desocupação, existindo o interesse declarado da administração da universidade em reprimir os estudantes mobilizados, adotando um discurso que encontra respaldo na prática dos órgãos estatais de repressão do período da ditadura civil-militar.

As palavras da atual Vice-Reitora em CONSUNI, referindo-se aos estudantes processados, são esclarecedoras: “Gente, qualquer atitude tem uma consequência. Antigamente, na época dos meus pais, na época de alguns que são mais velhos que eu aqui, quando a gente era fixado pelo DOPS, quando a gente era cadastrado no Serviço Nacional de Informação, quando a gente era perseguido, a gente tinha orgulho disso. Agora não, os estudantes são responsabilizados por uma ação que fazem e fica todo mundo se “afrouxando”. Por que? Eu acho que a gente tem que assumir com responsabilidade os atos que a gente faz. Vocês não queriam ocupar, gente? Quem ocupa deve ter claramente a noção, que as coisas tem uma consequência. Então, esse é o preço que a gente está pagando”[5].

E agora, José?

A adesão à greve atual representa uma grande vitória dos setores combativos e deixa ainda mais clara a postura neoliberal dos Governos do PT. Diante deste panorama de luta por uma educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada é necessário que os/as estudantes da UFAL se mobilizem ao lado das outras categorias da universidade, dos/as demais servidores/as em greve e dos/as estudantes de todo o país para que as pautas dos movimentos grevistas sejam atendidas e para que a resistência ao desmonte da Universidade Pública se fortaleça. É necessário fortalecer o Comando de Mobilização Estudantil da UFAL e o Comando Nacional de Greve Estudantil.

Pela reabertura das negociações com os/as docentes e em favor das lutas dos/as técnicos/as administrativos/as e dos/as demais servidores/as públicos/as!
Quem negocia a greve estudantil é o Comando Nacional de Greve de Estudantes!
Contra os programas do Governo Federal como o Reuni 2, o Novo PNE, Prouni e Fies!
10% para educação pública já!
Pela retirada dos processos contra os/as estudantes da UFAL!
Não a EBSERH!
Pelo atendimento às pautas locais das três categorias!

A greve é forte. A luta é agora!

Comando de Mobilização Estudantil da UFAL,
Agosto de 2012.

[1] LEHER, Roberto. O governo Dilma, a greve nacional dos docentes e a universidade de serviços. Disponível em: 
[2] Mansfield, Edwin 1998 Academic research and industrial innovation: An update of empirical findings em Research Policy 26, p. 773–776.
[3] LEHER, Roberto. Op. Cit. 
[4] MEC anuncia conclusão das negociações com os professores. Disponível em: .
[5]Declaração da Vice-Reitora da Ufal disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=u-uuEmkljis>.



terça-feira, 7 de agosto de 2012

ASSEMBLÉIA ESTUDANTIL DA UFAL


GENTE, É BEM IMPORTANTE QUE TODOS OS ESTUDANES PARTICIPEM, COLOQUEM SUAS REIVINDICAÇÕES E FIQUE POR DENTRO DO QUE ESTÁ ACONTECENDO NÃO APENAS NA NOSSA UFAL, MAS EM TODAS AS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS.




CAHIS UFAL 
CONSTRUINDO A LUTA POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Moção de apoio à Greve da Educação


Passamos hoje por um momento de greves fortes no país principalmente na área da Educação e do serviço público federal. A política do governo Dilma/PT tem sido a de não propor qualquer negociação e de sufocar esses movimentos, recomendando recentemente o corte de ponto dos servidores e reprimindo manifestações grevistas com uso de força policial. No caso dos estudantes, o governo se recusou a receber e a reconhecer o Comando Nacional de Greve, só reconhecendo a direção majoritária da UNE como representante do movimento grevista. 

Hoje o gasto com a educação pública é de menos de 5% do PIB, enquanto 47% é destinado ao pagamento da dívida pública. A pauta de 10% do PIB para a Educação Pública Já é uma demanda dos movimentos sociais desde os anos 90, tendo sofrido veto do governo FHC e a manutenção dele pelo governo Lula. A proposta atual do governo é de investimento de 10% do PIB até 2023, prevendo inclusive o investimento de verba pública no ensino privado. Os gastos para a manutenção de um estudante no ensino privado superior somam um total de três vezes a mais do necessário para manter um estudante no ensino público - sendo que os empresários da educação ainda desfrutam de volumosas isenções fiscais. Concretamente, para a comunidade universitária, os trabalhadores e a juventude que têm demandas imediatas, o governo se abstém e não oferece resposta. 
Nesse contexto, estudantes, professores e funcionários constroem juntos suas pautas de reivindicações que, além das demandas específicas, se unificam em torno da precarização que o ensino público vem sofrendo. No que tange ao ensino público superior, vivemos um momento de implementação do REUNI, plano de metas aprovado em 2007 que prevê a expansão de vagas de 100% do número de alunos com apenas 20% de investimento. Soma-se a isso o corte de verbas de 50 bilhões no orçamento geral de 2011, que afetou principalmente a área da educação com, entre tantas coisas, o cancelamento da abertura de concursos para professores universitários. 
O cenário das universidades públicas hoje é o da precarização das condições de trabalho dos professores e servidores e das péssimas condições de estudo para os estudantes que enfrentam salas de aula lotadas, falta de assistência estudantil , infraestruturas precárias, bolsas com valor irrisório e ausência de garantia de acesso e permanência. Não é à toa que ano passado vimos mais de 14 reitorias sendo ocupadas em todo o país e que agora vivemos uma greve com adesão de 100% das federais, abarcando também os institutos federais de ensino básico e superior e o colégio Pedro II no estado do RJ. 

Nós, da Federação do Movimento Estudantil de História, defendemos a luta pela educação pública, gratuita e de qualidade e manifestamos nosso apoio às categorias em greve e às ocupações de reitoria em todo o país durante esse processo e em favor da unificação da luta dos estudantes com os trabalhadores tendo como objetivo a    construção de um outro projeto de universidade voltado para o interesse da classe trabalhadora. Pela negociação imediata com as categorias em greve! Só quem fala em nome dos estudantes em greve é o Comando Nacional de Greve dos Estudantes construído pela base!

FEDERAÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE HISTÓRIA
MOÇÃO APROVADA NO ENCONTRO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE HISTÓRIA - JULHO 2012 - UNIFESP GUARULHOS

Moção de apoio a greve dos estudantes da UNIFESP Guarulhos

Os estudantes da Universidade Federal de São Paulo estão em greve por melhores condições de estudo, tanto no âmbito estrutural da universidade quanto no restrito âmbito acadêmico. No campus de Guarulhos da universidade os estudantes já estão em greve há quatro meses e sofrendo profunda repressão. Repressão que se dá na forma de sindicâncias internas promovidas pelo reitor Albertoni e pelo diretor acadêmico Marcos César e na forma de prisões de estudantes por ocupações e atos. O campus da UNIFESP Guarulhos, bem como outros campi de universidades federais, se originou através de um projeto que cria vagas e cursos, mas proporciona pouca estrutura. Assim, não há biblioteca, o bandeijão é precarizado, as salas de aula são insuficientes e o espaço físico não atende a demanda de circulação, que é de cerca de 5mil pessoas. Como se não bastasse, não há bolsas de permanência, bolsa xerox e aliment
ação que supram todas as necessidades da manutenção cotidiana de um estudante de baixa renda no ensino superior.
Com a mobilização dos estudantes no entorno de todas essas questões, a ação da PM no campus tem sido uma prática recorrente para reprimir o movimento estudantil e impor um projeto de universidade que não se volta para a sociedade e nem abre seu espaço físico para a população local. Lutar contra sua presença e sua ação truculenta e opressora tanto na universidade quanto nas comunidades e nas ruas é uma tarefa de todo o movimento estudantil. O fato dessa escola ser sede do Encontro Nacional dos Estudantes de História 2012 não deve ser tratado como mera confluência de fatores. É preciso que a federação agregue à mobilização dos estudantes e reivindique politicamente esse espaço, extrapolando o uso de sua estrutura física, fortalecendo a luta no Pimentas por um outro projeto de universidade.
Frente a isso, a FEMEH, enquanto uma entidade nacional que deve fazer frente nas mobilizações de modo atuante e combativo, declara apoio total à greve dos estudantes da UNIFESP e todas as suas reivindicações, por um ensino verdadeiramente amplo e de qualidade que atenda as demandas da classe trabalhadora.





FEDERAÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE HISTÓRIA
MOÇÃO APROVADA NO ENCONTRO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE HISTÓRIA - JULHO 2012 - UNIFESP GUARULHOS

Moção de repúdio à EBSERH e à privatização da Educação e da Saúde Pública

Estamos vivendo um momento de forte greve na Educação e na Saúde. Além do projeto de expansão e precarização do ensino público superior implementado pelo governo Lula/PT, vemos a privatização da saúde e da educação pública através da transferência da gestão dos hospitais universitários para o controle da empresa brasileira de serviços hospitalares (EBSERH). Essa medida se soma a outras formas de privatizar a educação por dentro, como os cursos de pós-graduação serem pagos e os cartões universitários que são parceria da universidade com bancos como o Santander. Vemos através dessas medidas implicações várias, como a perda da autonomia do conhecimento produzido na universidade que passa a servir ao interesse do mercado e da empresa que está pagando. No caso da EBSERH, os funcionários dos hospitais universitários passam a ser contratados CLT, ou seja, sofrem perda dos direitos trabalhistas, podendo ser demitidos a qualquer hora, além da não priorização dos pacientes ligados ao SUS, mas daqueles que podem pagar pelo serviço e os planos de saúde. 
Nós, da FEMEH, repudiamos a EBSERH e qualquer forma de privatização da saúde e da educação públicas. Por 6% do PIB para a saúde pública já!



FEDERAÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE HISTÓRIA
MOÇÃO APROVADA NO ENCONTRO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE HISTÓRIA - JULHO 2012 - UNIFESP GUARULHOS

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

INFORMES DO COMANDO LOCAL DE GREVE - ADUFAL ASSEMBLEIA GERAL PERMANENTE





Data: 31 de julho de 2012
Horário: 10h30m 
Local: Auditório do CSAU - UFAL
N° de Participantes: 99 Docentes

PAUTA:

1-      Informes Nacional e Locais
2-      Análise e avaliação da última proposta do governo do dia 24 de julho de 2012
3-      Escolha do delegado para o CNG-ANDES-SN em substituição ao Prof. Arthur Falcão.

ENCAMINHAMENTOS
A assembléia da categoria rejeitou por unanimidade a proposta do governo com os seguintes encaminhamentos ao CNG-ANDES

1.      Manutenção da Greve
2.      Recusa da formação de mais um GT de carreira
3.      O governo retirar-se como o sujeito que irá estabelecer regras para a avaliação da progressão funcional respeitando as atuais diretrizes de avaliação do servidor garantindo a autonomia das universidades no processo de avaliação de desempenho quanto á progressão de níveis e a promoção às classes considerando os seguintes elementos: experiência acadêmica, a formação continuada e a avaliação do trabalho docente no contexto da avaliação institucional;
4.      Que o governo não postergue, apresentando imediatamente uma proposta para que o movimento grevista avalie os critérios quanto:
·         a fixação do professor em locais de difícil lotação;
·         a concessão do auxílio transporte.

5.      Apresentar à categoria o planejamento de ações quanto à pauta do ANDES sobre condições de trabalho. 
6.      Estabelecer a data-base para os nossos salários levando em consideração a proposta do ANDES;
7.      Apresentar uma tabela com definição de stpes entre níveis;
8.      Retirada das barreiras de reenquadramento para os professores associados que são doutores com prazo inferior a 17 anos;
9.      Que o CNG-ANDES marque uma coletiva com toda a imprensa para apresentar os motivos de negação à proposta do governo;
10.  Que o CNG-ANDES encaminhe um comunicado em rede nacional em uma das emissoras de grande repercussão nacional enfatizando os pontos que o governo não explicita em sua proposta;
11.  Que o CNG-ANDES faça uma nota pública reafirmando que o PROIFES não fala em nome do movimento grevista;
12.  Que o CNG-ANDES discuta com as demais centrais sindicais a possibilidade de greve geral.
13.  Que o CNG ANDES afirme a necessidade da interferência e da participação mais incisiva do MEC na mesa de negociação, tendo em vista que a nossa discussão não é apenas econômica;
14.  Tendo em vista a pauta local da UFAL e um dos itens é ser contra a privatização do HU, que o CNG-ANDES-SN encaminhe ao ANDES entrar, IMEDIATAMENTE, com uma ação de inconstitucionalidade da Lei 12.550/2011 - lei da EBSERH;
15.  Que o CNG-ANDES encaminhe ao ANDES mover uma ação civil pública contra a terceirização do setor do MEC que coordena os HUs no Brasil
16.  Encaminhar o Prof. Tiago Cruz como delegado dos docentes da ADUFAL no CNG-ANDES-SN em substituição ao Prof. Arthur Falcão.
17.  Para a próxima assembléia deverá ser discutido como primeiro ponto de pauta O FUNDO DE GREVE. Ainda deverá ser discutida uma possível proposta salarial para a categoria e ser encaminhada ao CNG-ANDES-SN avaliar para a mesa de negociação.
18.  Próxima Assembléia Permanente de Greve – CLG-ADUFAL está agendada para a próxima quarta-feira – 08 de agosto de 2012. (verificar sempre as chamadas da ADUFAL para ver se não houve alteração do dia).


fonte: http://professoresemlutaufal.blogspot.com.br/2012/08/encaminhamentos-ao-cng-andes-assembleia.html

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Moção de apoio aos estudantes da UNIFESP


EM TEMPOS DE DEMOCRACIA, O QUE TEMOS DE PRATO PRINCIPAL É A REPRESSÃO


Diante à atual situação da educação que o país se encontra, cerca de 50 universidades estão em greve neste momento, reivindicando reajustes salariais dos docentes e melhorias nas universidades como um todo, para que todas tenham o suporte mínimo para funcionamento. Dentre elas, a situação na UNIFESP-Guarulhos tomou um rumo maior, chegando ao embate com a reitoria. As mobilizações no campus vêm acontecendo desde antes do início oficial da greve, com a ocupação da universidade pelos estudantes.
Ontem (14) pela noite, a polícia de São Paulo cercou a universidade e agrediu estudantes que participavam do movimento de ocupação. Alguns companheiros (inclusive de Alagoas, que estão na UNIFESP) receberam ataques físicos, como balas de borracha, gás lacrimogênio, etc; outros foram torturados dentro da própria universidade e posteriormente, presos como se tivessem cometidos um crime. Os machucados foram hospitalizados e os demais ainda continuam detidos na Delegacia Federal da Lapa, onde foram enquadrados por depredação ao patrimônio e formação de quadrilha.
Lutar por uma educação pública, gratuita e de qualidade, agora é formação de quadrilha? Ou será que estamos voltando aos tempos de ditadura? Criminalizar e reprimir o movimento estudantil é só mais uma arma do governo para mascarar seus ataques na educação e desviar o foco real das pautas tocadas pelos estudantes, que há muito vem sendo exigida, mas o governo do PT, que sempre se disse de luta, tem sempre fechado os espaços.
Em tempos de democracia, o prato principal para nossas lutas é a repressão. É com esse tipo de atitude, que o governo tenta nos retirar de nossas lutas diárias, que reprime estudantes e professores e que declara guerra às nossas pautas. O Centro Acadêmico de História da UFAL (campus A. C. Simões) repudia todas essas ações e compartilha da luta com todos os companheiros que neste momento estão em greve, ocupações e mobilizações em todo país por uma educação pública, gratuita e de qualidade.
 


CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA DA UFAL
(campus A. C. Simões)
Gestão “Amar e mudar as coisas me interessa mais”
Maceió, 15 de junho de 2012

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Nota pública à Pró-Reitoria estudantil e comunidade acadêmica em geral


CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA DA UFAL – CAMPUS MACEIÓ

NOTA PÚBLICA:

Maceió, 29 de maio de 2012



À Pró-Reitoria estudantil e comunidade acadêmica em geral,


O Centro Acadêmico de História da UFAL - Campus Maceió, após reunião ordinária ocorrida nesta segunda feira, dia 28 de maio, decidiu por unanimidade tornar pública a nossa exigência direcionada aos órgãos competentes desta Universidade, no tocante à reabertura imediata do Restaurante Universitário durante o período de greve dos docentes.

Nossa premissa para tal postura vem no sentido de sermos a entidade representativa do Curso que concentra boa parte dos bolsistas que prestam serviços nos mais variados órgãos e setores administrativos da UFAL. Temos estudantes de História locados nestas funções, na Biblioteca Central, prédio da Reitoria, Arquivo Central, Prefeitura Universitária, FAU, ICHCA, FAMED, CSAU, COS, ICBS, CTEC e ICS.
Estes estudantes tem que vir quase todos os dias ao Campus - independente de estarmos em aula - pois a presença de cada um deles é critério para o recebimento das suas respectivas bolsas.

Considerando o valor irrisório dessas bolsas ditas de “permanência” (360 reais por mês); assim como o fato de que grande parte dos comensais do RU são os próprios bolsistas; o fato dos funcionários do RU virem todos os dias trabalhar; o alto preço cobrado pelas lanchonetes da UFAL; o fluxo dos estudantes membros de CA’s e DA’s em atividades neste período, além da incerteza do período de duração da greve, EXIGIMOS DA PRÓ-REITORIA ESTUDANTIL A REABERTURA IMEDIATA DORU!

Sabemos que o número de usuários do RU está bastante reduzido neste momento de greve dos professores e para isso, sugerimos a redução do número de refeições servidas até o fim da greve. O que não dá, é deixarmos o orçamento dos bolsistas comprometido quase que exclusivamente com a alimentação, ao mesmo tempo em que o RU pode estar funcionando, com a devida redução da sua capacidade.

CAHIS UFAL, Gestão "Amar e mudar as coisas me interessa mais"

sábado, 14 de abril de 2012


CONVOCATÓRIA:
ASSEMBLEIA GERAL DOS ESTUDANTES DE HISTÓRIA


PAUTA: 

·    SITUAÇÃO DO CURSO JUNTO AO MEC
·    TEMA DA XII SEMANA DE HISTÓRIA DA UFAL
·    OUTROS

DIA 24, TERÇA FEIRA, AS 19 HORAS, NO AUDITÓRIO DO ICHCA.
CAHIS UFAL – CAMPUS MACEIÓ

quinta-feira, 8 de março de 2012

O DIA DA MULHER E A LUTA CONTRA O MACHISMO!

Não é necessário que façamos muitos esforços para percebermos o quanto o machismo encontra-se arraigado em nosso cotidiano, basta que olhemos para os lados: a mulher vivencia durante toda a sua vida violências morais, psicológicas e físicas por simplesmente estar na condição de mulher numa sociedade que não se cansa de subjugá-la.

A opressão da mulher não é uma especificidade da sociedade a qual pertencemos, mas uma construção histórica que se arrasta desde o surgimento da propriedade privada nas sociedades humanas. Embora o capitalismo alimente a opressão, não é dele que ela se origina.

Com o desenvolvimento da agricultura ainda nas primeiras sociedades humanas, a produção social passou a acumular excedente. É nesse ponto em que a propriedade privada surge, com a apropriação do excedente pelos homens que detinham a técnica  agrícola. Surge então a necessidade de guardar e perpetuar essa propriedade para as gerações vindouras, através de algum mecanismo que possibilitasse o direito de algo que hoje denominamos de herança. Isso era impossível nos marcos do direito materno, já que as famílias eram formadas por grupos, clãs ou gens, onde só era possível reconhecer biologicamente a mãe, já que homens e mulheres relacionavam-se entre grupos e não entre indivíduos. O matriarcado é então, destruído e com sua dissolvição, a mulher passa a ocupar um lugar abaixo do homem nas posições sociais.

A família monogâmica patriarcal advém com a necessidade de perpetuar a exploração, pilar das sociedades baseadas na propriedade privada. Para sustentá-la ideologicamente e materialmente, os setores dominantes de cada sociedade se utilizam de opressões para “justificá-la”. A mulher nem sempre foi oprimida. Sua opressão é um produto histórico, fruto de determinadas demandas econômicas, políticas e sociais.

A emancipação da mulher é uma tarefa histórica. Por que não foi ainda alcançada, mesmo diante de milênios de desenvolvimento histórico? Entendemos que a resposta reside na origem da opressão da mulher. Se a mulher começou a ser oprimida a partir do advento da propriedade, como poderia a mulher emancipar-se nos marcos desta? Para nós, a emancipação da mulher é indissociável da emancipação humana. Se a condição de existência da propriedade privada é a exploração, como é possível pensar em emancipação com a vigência da exploração e, por conseguinte, da propriedade privada?

Isso não quer dizer que não lutemos por pautas democráticas que venham a melhorar em alguns aspectos as vidas das mulheres. O direito sobre seu próprio corpo, o combate diário ao machismo, a equidade de direitos são bandeiras necessárias à luta feminista cotidiana. Devemos ter no horizonte uma sociedade emancipada, mas sem esquecer de lutar para assegurar direitos civis, liberdades e elementos democráticos para as mulheres que podemos conseguir por dentro do capitalismo.

Trazendo a questão para a situação político-econômica atual brasileira, podemos verificar que essa batalha não tem ganhando a devida importância, mesmo que tenhamos elegido uma mulher para exercer o mais alto posto político do país: a presidência. Dilma até aqui não nos provou de que está disposta a lutar pelas mulheres.

O governo Dilma tem apresentado claras deficiências no trato da questão da mulher. As metas do projeto de creches públicas do governo federal são insuficientes e sequer estão perto de serem atingidas. O projeto Rede Cegonha, de suporte as gestantes, além de ser apresentar problemas em seu funcionamento, limita a saúde da mulher ao momento da gestação. Os projetos de saúde integral da mulher na rede pública de saúde continuam engavetados. Os debates sobre a descriminalização do aborto além de não avançar, retrocederam.

Não bastasse a impotência das políticas específicas para as mulheres do governo Dilma, ainda presenciamos os cortes de bilhões no orçamento da receita social a cada ano, o que afeta diretamente as mulheres trabalhadoras, que precisam dos serviços públicos. Para que possamos conseguir vitórias para as mulheres trabalhadoras é necessário que, diante desse governo, assumamos uma postura de enfrentamento. É no cotidiano das lutas que construiremos o combate ao machismo, aliado ao horizonte de uma nova sociedade, onde homens e mulheres possam ser seres humanos  emancipados. Horizonte esse que o tempo nos mostra que é impossível ser visado pelas lentes de um governo que corresponde aos interesses das classes dominantes.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PROGRAMAÇÃO DA CALOURADA 2012.1

É com muito prazer que o centro acadêmico de História, gestão " Amar e mudar as coisas me interessa mais" vem convidar a todos os novos estudantes e demais para participar da nossa calourada. Nesse momento que iremos nos confraternizar e trazer os primeiros debates e contribuições para os novos companheiros do curso.


CONTAMOS COM A SUA PRESENÇA!!!

domingo, 22 de janeiro de 2012

NOTA DE REPÚDIO AOS FATOS OCORRIDOS NO PINHEIRINHO

 

     
   
Nós, do centro acadêmico de História da UFAL, gestão “Amar e mudar as coisas me interessa mais” repudiamos veementemente o fato ocorrido nessa manhã de domingo, 22 de janeiro de 2012, quando os moradores do Pinheirinho foram surpreendidos com uma ação gigantesca, e, truculenta da PM de SP. Com mais de dois mil policias, helicópteros, carros e um forte armamento, eles começaram a reintegração de posse da área, desrespeitado a ação judicial federal. Os moradores foram brutalmente atacados, muita gente foi ferida, dezenas de moradores foram presos e informações ainda não oficiais afirmam que houve mortes no confronto.
      Se analisarmos a constituição brasileira de 1988 em relação a terras improdutivas, fica claro que os moradores do pinheirinho têm um direito legal e respaldado juridicamente, em continuar morando em suas respectivas casas. Porém, não é isso que os porta-vozes dos Estado pensam. E é por isso que o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, o prefeito de São José dos campos Eduardo Cury (ambos do PSDB), a juíza Márcia Loureiro e a policia militar de SP são responsáveis por uma ação irresponsável e repressora, que feriu a população, matando pessoas e servindo ao “dono do terreno” Naji Nahas, que chegou a afirmar que “o terreno está valorizado e não é lugar para pobre morar”.

     Essa ação mostra mais uma vez o caráter do governo do PSDB, da polícia e do sistema capitalista, que é governar para os ricos e reprimir os pobres quando esses são empecilhos na obtenção e manutenção dos seus lucros. Nós, do centro acadêmico de História, gestão “Amar e mudar as coisas me interessa mais”, torcemos e estamos solidarizados aos companheiros do Pinheirinho, para que a população resista e se mantenha de pé contra esses ataques irresponsáveis da burguesia e das forças repressivas do Estado democrático de direito em que vivemos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

PINHEIRINHO RESISTE, MAS A LUTA CONTINUA...


“A história de todas as sociedades até agora tem sido a história da luta de classes”
Karl Marx, manifesto do partido comunista.



    O CAHIS-UFAL gestão “Amar e mudar as coisas me interessa mais” repudia a ação conjunta do prefeito Eduardo Cury (PSDB), da juíza Márcia Loureiro e da policia militar, que a todo custo tentam a reintegração de posse da comunidade do Pinheirinho. Se for concretizada a desocupação, milhares de trabalhadores se encontrarão sem moradia, o que constitucionalmente é direito de todos brasileiros.

    O Pinheirinho está construindo sua História desde, 27 de fevereiro de 2004, quando os moradores chegaram e ocuparam a área localizada em São José dos Campos (SP). Com cerca de 1.500 famílias e aproximadamente 7.000 moradores, dentre muitos trabalhadores e trabalhadoras, gente humilde e honesta que não possuem outro lugar para morar, se veem desde fim do ano passado ameaçados de perder o pouco que tem, e ainda por cima correndo riscos perante os ataques que a PM de São Paulo possa cometer na desocupação.

    É importante ter a clareza que esses fatos ocorrem porque a prefeitura de São Paulo, ainda não regularizou a comunidade, com interesses na área ocupada pelos moradores. No período da ocupação o terreno da falida empresa Selecta, do grupo Naji Nahas era desvalorizado e abandonado, hoje o local é um dos mais cobiçados pelo ramo imobiliário, localizada na zona sul, com o crescimento de 20% nas construções comparando com o ano de 2010, sendo responsável pelo lançamento de 51 dos 143 imóveis da cidade.

    A criminalização da comunidade se dá com ações da PM e das ferramentas do Estado, como uma revista na comunidade à procura de drogas, armas e traficantes e também a alegação dos moradores terem queimado um ônibus em forma de protesto. É lógica, que esse tipo de ação só reflete a quem serve a PM e também a impressa que notifica esses casos, mas não mostra a realidade da comunidade e tudo que foi construído lá, transformando o que antes era um terreno abandonado em um local para moradia de milhares de pessoas desabrigadas, que coletivamente construíram uma comunidade, o Pinheirinho.

    Na manhã de hoje, 17 de janeiro de 2012, os companheiros da comunidade puderam respirar um pouco mais aliviados, a reintegração foi suspensa momentaneamente e pelo menos nos próximos dias a tensão que pairava no ar no Pinheiro pode se acalmar um pouco. Porém não devemos nos iludir nem ter confiança nenhuma nessa ação, enquanto houver a possibilidade e interesse de geração de lucros com o terreno, o prefeito Eduardo Cury, juntamente com todos seus aliados não deixaram sossegados os moradores do Pinheiro e devemos estar preparados para futuros embates.

    É com muita felicidade que hoje o CAHIS-UFAL gestão “Amar e mudar as coisas me interessa mais” faz coro com os companheiros e também grita com vocês: “O Pinheirinho é nosso! O Pinheirinho é nosso!”